Miguel Oliveira, especial para O Estado de S. Paulo
Santarém - A presidente Dilma Rousseff vetou a presença do deputado
federal Francisco Chapadinha (PTN-PA) na solenidade de entrega de 3.081
casas do programa Minha Casa, Minha Vida, financiado pela Caixa
Econômica Federal, nesta quinta-feira, 5, em Santarém, no oeste do Pará.
O parlamentar, que havia negociado seu voto na Câmara a favor do
governo, em troca da nomeação de um aliado seu para a chefia do
escritório regional do Incra, mudou de lado na hora da votação do pedido
de impeachment, no dia 17 de abril.
Chapadinha, com domicílio eleitoral no município , não foi
convidado a acompanhar a visita presidencial pelo cerimonial do Palácio
do Planalto. A exclusão do parlamentar foi confirmada pela assessoria do
deputado, em Brasília. Dilma chegou ao residencial Salvação, às 15h30,
em companhia dos deputados federias Zé Geraldo e Beto Faro, ambos do PT
paraense, do senador Paulo Rocha, líder da bancada no Senado, e dos
ministros Jacques Wagner, Marco Antônio Martins Almeida e Inês
Magalhães.
Dilma visitou pela primeira vez o município durante seu
mandato. Em Santarém, tanto em sua eleição, em 2010, quanto na
reeleição, em 2014, a presidente foi derrotada pelos candidatos do PSDB,
partido do atual prefeito Alexandre Von, em aliança com o Democratas. As obras do residencial foram iniciadas na gestão da prefeita
petista Maria do Carmo de Lima, que está inelegível por oito anos, por
abuso do poder econômico, em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do
Pará.
O conjunto residencial Salvação demorou quase sete anos para
ser concluído. Nesta sexta-feira, 6, as famílias que já assinaram os
contratos de financiamento com a Caixa estarão autorizadas a tomar posse
das unidades, mas não contarão ainda com serviços e equipamentos
públicos básicos, como feira, mercado, escola, posto de saúde e linha
regular de ônibus.
A obra, que foi construída em terreno localizado em uma
depressão, encravada por entre serras e a pista que dá acesso ao
aeroporto da cidade, enfrentou atrasos por causa do serviço de drenagem
de águas pluviais que precisou ser corrigido mais de uma vez porque não
deu vazão à forte enxurrada provocada pelo "inverno'amazônico",
assoreando o lago do lua, uma área de proteção ambiental, às margens do
rio Tapajós.
Segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente, que concedeu a
licença de operação do residencial, as condicionantes estipuladas à
empresa construtora prevêem a execução de obras necessárias à correção e
manutenção do serviço de drenagem, e a implantação da arborização do
local, antes uma área recoberta por vegetação secundária e de savana
A mulher é espezinhenta mesmo... Agora, ela está em terras paraenses endereço domiciliar do parlamentar isso merecia respeito. A opinião do mesmo em relação ao impeachmente é dele, nada a ver com uma representação parlamentar diante do seu eleitorado, penso eu.
ResponderExcluirImpeachment já!
Confissões de uma PTralha:
ResponderExcluirA senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que seu partido cometeu erros e está pagando caro por eles politicamente.
A petista afirmou que os membros do PT que se envolveram em corrupção não o fizeram para enriquecimento ilícito, mas por questões de financiamento de campanha eleitoral. Para ela, é preciso fazer essa diferença, ainda que os erros devam ser reconhecidos.
"Todos do PT que foram de certa forma denunciados, ou inquéritos abertos, ou mesmo que estão presos, o estão não por desvio de recurso para contas particulares na Suíça, não por desvio de recursos para compra de bens, não por desvio de recursos para propina para distribuir dinheiro. Todos estão envolvidos com processo eleitoral", afirmou em entrevista ao UOL.
"Eu acho que essa separação é importante fazer. Não estou dizendo que nós não temos erros, que nós não temos que pagar por eles. E acho que estamos pagando caro. Tanto do ponto de vista penal, criminal, e vamos pagar do ponto de vista político, já estamos pagando. Mas é importante fazer essa diferença", disse.
Atualmente, há um inquérito aberto contra Gleisi Hoffmann no STF (Supremo Tribunal Federal), relacionado às investigações da Operação Lava Jato.