![]() |
Fernandes: "a irresponsabilidade está em até hoje não ter a CDP um plano de ação" |
![]() |
Pontes: "não é a CDP que tem que apresentar a solução para o içamento do navio" |
![]() |
Enquanto isso, o Haidar dorme no fundo do rio Pará, com 4.500 carcaças de bois |
O navio Haidar, que afundou com 5 mil bois vivos em outubro do ano passado no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), e até hoje permanece no leito do rio Pará, é o pivô de uma troca de acusações entre autoridades. O capitão dos Portos, Aristide Carvalho Neto, deu prazo de 15 dias para que o navio seja içado e as carcaças dos bois, com óleo e chorume, tenham um destino, caso contrário a embarcação será confiscada pela União. O prazo termina amanhã, 2. “É uma completa irresponsabilidade da Companhia Docas do Pará (CDP), que até hoje não apresentou um plano de ação para resolver o problema desse navio”, afirma o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Fernandes, em entrevista ao Ver-o-Fato.
Ele informa que desde outubro de 2015, quando a embarcação foi a pique, a Semas já aplicou R$ 480 milhões em multas contra a CDP e outras três empresas. "Nós começamos com R$ 1 milhão de multa por dia, mas 48 horas depois dobramos para R$ 2 milhões. E não é só a CDP que foi multada. É ela, a Minerva Foods, a Global Marítima e a Norte Trading", disse Fernandes.
Ele informa que desde outubro de 2015, quando a embarcação foi a pique, a Semas já aplicou R$ 480 milhões em multas contra a CDP e outras três empresas. "Nós começamos com R$ 1 milhão de multa por dia, mas 48 horas depois dobramos para R$ 2 milhões. E não é só a CDP que foi multada. É ela, a Minerva Foods, a Global Marítima e a Norte Trading", disse Fernandes.
Ao comentar declaração do presidente da CDP, Parsifal Pontes, de que o órgão não tem condições de pagar os altos valores das multas estipuladas até agora, o secretário foi incisivo: "se não pagar, a Procuradoria Geral do estado vai ajuizar ações contra a CDP para esse pagamento". Para ele, não basta apenas a CDP dizer que não vai pagar, ela precisa explicar o motivo.
Fernandes observou que não iria entrar no mérito de outra alegação feita por Parsifal Pontes, a de que a CDP não pode ser multada porque não foi ela quem deu causa ao acidente, mas enfatiza que a responsabilidade do órgão está no fato de que a CDP não apresnetou um plano de contingência, que se tivesse sido elaborado e apresentado aos órgãos ambientais indicaria o que fazer na iminência de um naufrágio como o ocorrido com o navio Haidar. "Não tem como a CDP deixar de ser responsabilizada por isso", concluiu o secretário de Meio Ambiente.
O Ver-o-Fato questionou Pontes sobre as declarações de Fernandes. E ele reagiu: “não é a CDP que tem que apresentar solução para o içamento do navio. O secretário deveria ler a notificação da autoridade marítima e ver quem ela notificou para chamar de irresponsável. Ou, se ele achar mais conveniente, chamar a própria Marinha do Brasil de irresponsável, pois é ela a autoridade competente a quem cabe toda e qualquer intervenção nessa específica área”. Para ele, tanto a Semas, quanto a Marinha e a CDP "têm agido com total responsabilidade no evento".
O blog perguntou a Pontes sobre um documento obtido pelo Ver-o-Fato, dando conta de que, além de R$ 10 milhões do contrato com a Cidade Limpa para enterrar os bois, a CDP também pagou mais R$ 279.120 para a empresa Terranorte desmatar a área do sepultamento. Não foi muito dinheiro e como foi calculado esse valor pago às duas empresas? Pontes respondeu que a dispensa de R$ 10 milhões foi uma previsão de despesas. "Não significa que esse valor seja pago à empresa contratada. É pago o valor efetivamente executado, medido, auditado e atestado", disse o presidente da CDP.
Os preços unitários pagos, segundo ele, são os tabelados pelos órgãos acreditados pelo TCU (tabela Sinapi, por exemplo) e os valores não constantes nas tabelas são pagos pelos preços praticados no mercado por serviços similares. "Sim, é muito dinheiro, pois esses serviços são especializados e caros, mas são os preços parametrizados para tal", resumiu Pontes.
Os preços unitários pagos, segundo ele, são os tabelados pelos órgãos acreditados pelo TCU (tabela Sinapi, por exemplo) e os valores não constantes nas tabelas são pagos pelos preços praticados no mercado por serviços similares. "Sim, é muito dinheiro, pois esses serviços são especializados e caros, mas são os preços parametrizados para tal", resumiu Pontes.
Nós moradores de Barcarena repudiamos esse mimimi de autoridades que nada fazem para resolver nossa situação depois do naufrágio desse maldito navio. Queremos que a Justiça obrigue os donos do navio retirem os bois mortos e suas carcaças e levem-nos para longe, queimem tudo. Não enterrem em Barcarena porque não vamos deixar. Chega !!! Não aguentamos mais.
ResponderExcluirO dr. secretário Luiz Fernandes está coberto de razões pois o tal Parsifal é um enrolador e não toma as providências de sua alçada por isso o navio continua no fundo poluindo as praias que estão interditadas. As famílias estão abaladas em Barcarena e perderam suas fontes de renda. Outro enrolador, o tal de Helder Barbalho prometeu um salário para cada família e não cumpriu a promessa. Esse indivíduo ainda quer governar o Pará, enganando os paraenses. Nelson Carvalho
ResponderExcluir